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Conflito entre indígenas e agricultores deixa ao menos dez guarani e kaiowá feridos, dois em estado grave, em Douradina, MS.







Ataque a indígenas Guarani e Kaiowá causa feridos em Mato Grosso do Sul

No último sábado, 3 de setembro, pelo menos dez indígenas Guarani e Kaiowá foram vítimas de um ataque em Douradina, no Mato Grosso do Sul. Dois dos indígenas feridos estão em estado grave, após serem alvo de agricultores armados, conforme informações compartilhadas pelo Conselho Indigenista Missionário Nacional (Cimi).

De acordo com relatos divulgados nas redes sociais, jagunços invadiram o território dos indígenas em caminhonetes, disparando munição letal e balas de borracha. O momento do ataque foi registrado em vídeos que circularam na internet, mostrando a violência do ocorrido.

O Cimi relatou que antes do ataque, um agente da Força Nacional de Segurança Pública teria alertado os indígenas sobre a iminência do conflito, orientando-os a deixarem o local para evitar confrontos. Porém, no momento da agressão, não havia agentes da Força Nacional presentes para intervir.

Em comunicado oficial, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) afirmou que o conflito ocorreu dentro da Terra Indígena (TI) Lagoa Panambi e já está sob controle. Segundo o órgão, a Força Nacional foi acionada para conter os ânimos entre indígenas e agricultores na região, porém o confronto aconteceu enquanto as equipes faziam patrulhamento em outra área.

A Força Nacional destacou que está intensificando sua presença na região desde julho e que todo o efetivo está atuando em Mato Grosso do Sul para garantir a segurança dos indígenas. O MJSP ressaltou a importância do respeito às culturas e direitos humanos durante a intervenção.

Até o momento, não houve retorno por parte do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério Público Federal em relação aos acontecimentos. O Cimi informou que dois dos indígenas feridos estão em estado grave e foram encaminhados ao Hospital da Vida, em Dourados, para atendimento médico urgente.

Os relatos de violência contra os indígenas alertam para a necessidade de proteção e respeito aos direitos dessas comunidades. A Sesai providenciou duas ambulâncias de terapia intensiva para dar suporte às vítimas e auxiliar no tratamento dos feridos.


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