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Ataque armado a indígenas Guarani Kaiowá em retomadas na Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica deixa ao menos dez feridos, dois em estado grave.

Na última semana, um triste episódio de violência contra indígenas Guarani Kaiowá chocou a região de Douradina, no Mato Grosso do Sul. Um grupo armado invadiu retomadas na Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica no sábado (3), resultando em pelo menos dez pessoas feridas, sendo duas em estado grave. Segundo relatos do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), os agressores dispararam munição letal e balas de borracha a partir de caminhonetes contra os indígenas.

Após a saída da Força Nacional do território, o ataque aconteceu, levantando suspeitas de conivência por parte dos agentes. Indígenas afirmam ter ouvido ameaças dos policiais antes do ataque, o que aumenta a desconfiança sobre a atuação da Força Nacional na região. O Ministério dos Povos Indígenas enviou equipes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas e do Ministério Público Federal para prestar apoio aos Guarani Kaiowá, além de solicitar investigações sobre o ocorrido.

O secretário executivo do MPI, Eloy Terena, exigiu explicações sobre a retirada da Força Nacional do local e pediu reforço policial para evitar novos episódios de violência. O Comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar foi acionado e reforçou o policiamento na região. O ataque na retomada Pikyxyin, localizada na Terra Indígena Lagoa Panambi, gerou revolta e preocupação entre os indígenas e organizações de defesa dos direitos humanos.

Diante do ocorrido, a Defensoria Pública da União pretende entrar com representação para destituir o comando da Força Nacional em Mato Grosso do Sul, em busca de justiça e segurança para os povos indígenas. A violência contra os Guarani Kaiowá mostra a fragilidade das políticas de proteção das populações tradicionais e a urgente necessidade de garantir a segurança e o respeito aos direitos destes povos historicamente marginalizados.

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