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Presidente francês defende diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris após sofrer assédio online.







Artigo sobre Thomas Jolly e Emmanuel Macron

Presidente Macron defende diretor artístico Thomas Jolly após ataques online

O presidente da França, Emmanuel Macron, demonstrou total apoio ao diretor artístico Thomas Jolly, responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, diante dos ataques e ameaças que ele vem sofrendo nas redes sociais. Segundo Jolly, tais ataques estão relacionados a elementos da cerimônia que irritaram conservadores e cristãos.

Em comunicado, Macron repudiou veementemente as agressões direcionadas a Jolly, destacando a coragem e audácia da performance realizada durante a abertura dos Jogos. Ele enfatizou que atacar um artista pelo seu trabalho é inaceitável e elogiou a representatividade e diversidade presentes na cerimônia.

O diretor de teatro renomado de 41 anos projetou a abertura dos Jogos Olímpicos como um desfile de barcos no rio Sena, acompanhados por apresentações artísticas e musicais. A cerimônia recebeu elogios por sua abordagem subversiva da história e cultura francesas, incluindo a representação de diferentes raças e orientações sexuais.

No entanto, setores conservadores na França e nos EUA, bem como grupos religiosos, criticaram partes do show, especialmente uma cena que foi interpretada como uma zombaria da Última Ceia de Leonardo da Vinci. O candidato à presidência dos EUA, Donald Trump, chegou a qualificar a apresentação como uma “desgraça” e prometeu uma abordagem diferente para os jogos em Los Angeles, em 2028.

Jolly se defendeu, explicando que a sequência em questão não se baseava na Última Ceia, mas sim em um banquete com Dionísio, deus grego do vinho e da festividade. Ele ressaltou que sua intenção era promover a diversidade e união, em conformidade com a tradição de secularismo da França.

O escritório do promotor de Paris está investigando as acusações feitas por Jolly, que incluem ameaças de morte, além de insultos e difamação. Outros artistas envolvidos na cerimônia também relataram ter sido alvo de assédio online, o que levou o comitê organizador de Paris a condenar veementemente tais comportamentos.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, destacou o talento de Jolly em enaltecer a cidade e apresentá-la ao mundo, reiterando que a diversidade e a expressão artística são valores fundamentais da capital francesa.


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