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Milhares de venezuelanos protestam contra reeleição de Maduro em meio a alegações de fraude e violência nas ruas

Neste sábado (3), milhares de venezuelanos foram às ruas em Caracas em protesto contra o que consideram ser a reeleição fraudulenta do presidente Nicolás Maduro. A líder da oposição, María Corina Machado, que estava escondida por temer pela sua vida, se juntou aos manifestantes e foi recebida com gritos de “liberdade” pelos participantes.

A autoridade eleitoral, vista por críticos como parcial ao partido socialista de Maduro, proclamou o presidente como vencedor da eleição do último domingo (28 de julho), com 51% dos votos contra 46% do candidato da oposição, Edmundo González. Apesar disso, o resultado motivou alegações generalizadas de fraude e diversos protestos que, segundo o governo, fazem parte de uma tentativa de golpe de Estado patrocinada pelos Estados Unidos.

Até o momento, pelo menos 20 pessoas foram mortas nos protestos após a eleição, de acordo com o grupo de defesa de direitos Human Rights Watch, e outras 1,2 mil foram presas em conexão com as manifestações. Maduro, por sua vez, convocou uma manifestação de apoiadores e acusou a oposição de planejar um ataque nas ruas.

As tensões políticas e sociais continuam a crescer na Venezuela, com ambos os lados mantendo posições firmes e acusando o outro de manobras ilegais. Enquanto a oposição pede por transparência e democracia, o governo de Maduro reforça sua posição e denuncia uma suposta interferência estrangeira nos assuntos internos do país.

As manifestações e os confrontos nas ruas de Caracas e outras cidades venezuelanas refletem a profunda divisão política e social que assola a nação sul-americana. A incerteza política e econômica continua a preocupar os cidadãos e a comunidade internacional, que teme por uma escalada ainda maior de violência e instabilidade na região.

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