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Líderes do centrão defendem reforma da Previdência liderada pelo governo Lula com apoio do PT para evitar desgaste político




Reforma da Previdência só pode prosperar com iniciativa do governo Lula, afirmam líderes do centrão na Câmara

Reforma da Previdência: Líderes do centrão na Câmara dos Deputados afirmam ao Painel que uma nova reforma da Previdência só pode prosperar no Legislativo caso a iniciativa seja do governo Lula (PT) e seja abraçada por parlamentares petistas.

Eles destacam que um projeto desse tipo gera muito desgaste público aos deputados, que muitas vezes são penalizados nas urnas. Como exemplo, citam a reforma trabalhista de 2017, que prejudicou a votação dos parlamentares que a apoiaram no ano seguinte.

Os deputados ressaltam que uma nova reforma da Previdência beneficiaria sobretudo o Executivo, e por isso o governo deveria liderar os esforços, com o endosso do PT no Legislativo.

Porém, a presidente do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirma que não há nenhuma chance de isso ocorrer. “Querem o quê? Retirar mais direitos?”, questiona. O deputado federal Jilmar Tatto, secretário nacional de Comunicação da legenda, destaca que se o governo Bolsonaro não propôs essa reforma, não será o governo Lula que o fará.

A última reforma previdenciária foi promulgada em 2019 pelo Congresso Nacional, no governo Bolsonaro, mas sua discussão teve início na gestão de Michel Temer. Diferentes setores indicam que essa reforma teve efeito limitado e não resolveu totalmente a situação das contas da Previdência.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, defende a discussão da reforma a partir de 2025. No entanto, o tema ainda não despertou interesse nos principais candidatos a sucessores de Lira para o próximo ano, Elmar Nascimento e Marcos Pereira.

A Previdência Social terá um aumento de ao menos R$ 100 bilhões em suas despesas nos próximos quatro anos devido à política de valorização do salário mínimo instituída pelo governo Lula. A contenção do crescimento das despesas é vista como essencial para garantir a sustentabilidade fiscal no médio e longo prazos.

A ministra Simone Tebet já defendeu a desvinculação dos benefícios previdenciários da correção do salário mínimo, gerando críticas no PT. Há também resistência por parte do próprio Lula em relação a mudanças nessa direção.


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