Imane Khelif: De acusada de não ser mulher a medalhista olímpica

Imane Khelif teve um momento emocionante após garantir uma medalha olímpica. A argelina, que foi erroneamente acusada de não ser mulher, venceu por decisão unânime a húngara Anna Luca Hamori e avançou para a semifinal do torneio de boxe dos Jogos de Paris, categoria 66 kg, em um momento icônico para a história olímpica.

A polêmica em torno de Khelif, que surgiu após sua vitória rápida na luta de estreia, ganhou destaque nacional e internacional quando seu gênero passou a ser questionado por várias personalidades, incluindo políticos de ultradireita.

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O combate entre Khelif e Hamori atraiu não apenas os fãs de boxe, mas também a atenção da comunidade internacional. A Arena Paris Norte estava lotada, com centenas de jornalistas do mundo todo presentes para acompanhar a luta que acabou com Khelif vencendo por decisão unânime.

Apesar de um combate com pouca técnica, o momento foi marcado pela emoção de Khelif, que garantiu uma medalha de bronze para a Argélia, o primeiro pódio do país nestes Jogos.

As arquibancadas vibraram com os fãs argelinos gritando o nome de Imane e cantando hinos de apoio. Após a luta, as duas lutadoras se abraçaram e trocaram palavras amigáveis, encerrando os rumores de animosidade entre elas.

O presidente do COI, Thomas Bach, defendeu Khelif e a lutadora taiwanesa Lin Yu-ting, que também foi questionada pelo mesmo motivo, destacando a importância de respeitar a identidade de gênero de cada atleta.

Imane Khelif deixou a área de entrevistas visivelmente abalada, sem saber se a emoção era pela conquista da medalha ou pelo estresse da polêmica. A decisão final sobre o caso ficará a cargo das autoridades competentes após os Jogos.