DestaqueUOL

Tabata Amaral rejeita polarização entre Lula e Bolsonaro na eleição em São Paulo, buscando posição no centro político.





Candidata rejeita polarização entre Lula e Bolsonaro na eleição em São Paulo. Em sabatina do Livres nesta sexta, ela afirmou que “eles não são candidatos”. A fala é uma crítica à estratégia de Boulos e de Ricardo Nunes, que tentam reproduzir a disputa de 2022 – o candidato do PSOL tem apoio de Lula, e o atual prefeito, de Bolsonaro. Tabata disse ainda que vai governar com apoio do presidente e do governador Tarcísio de Freitas, adversários políticos, se eleita.

É possível se posicionar contra Lula e Bolsonaro no Brasil?

Para especialistas, em grandes municípios brasileiros não é possível se eleger sem apoio de Lula ou Bolsonaro. Apesar de uma parcela significativa do eleitorado brasileiro aparecer nas pesquisas como insatisfeita com a polarização, a tensão deve demorar para deixar de se reproduzir nas eleições, principalmente nas grandes metrópoles.

Existe um eleitor que busca essa perspectiva, além de votos bem específicos que devem ser buscados, como de mulheres e jovens – e isso a Tabata faz muito bem. Se é uma boa estratégia? Em capitais enormes como São Paulo a polarização é reproduzida e vai se manter nos resultados das eleições.
Júlia Almeida, especialista em democracia, militarização e autoritarismo pela USP

Com adversários apadrinhados, resta para Tabata ser contra a polarização. “É o único espaço possível para ela”, explica Almeida. “O Lula já tem a sua candidatura, que é a chapa Guilherme Boulos e Marta. Bolsonaro não seria uma alternativa dela.”

Ela é uma candidata de centro e as suas posições oscilam bastante entre esses pólos – a localização dela de se posicionar entre a esquerda e direita é compatível com as posições políticas dela. É o que ela pode fazer, já que não tem apoio das principais figuras políticas.
Júlia Almeida, especialista em democracia


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo