
O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) manifestou apoio à posição conjunta dos governos do Brasil, da Colômbia e do México, que pediram às autoridades eleitorais da Venezuela que divulguem os dados desagregados por mesa de votação.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, 2 de agosto, o PSOL expressou concordância com a cobrança por mais transparência no processo eleitoral venezuelano. O partido destacou a importância de garantir a integridade e lisura das eleições.
Além disso, o PSOL condenou os embargos econômicos impostos pelos Estados Unidos contra a Venezuela, ressaltando que tais medidas prejudicam diretamente a população venezuelana, privando-a de acesso a bens essenciais.
A legenda também defendeu a necessidade de um acompanhamento internacional independente e repudiou as ameaças golpistas por parte da direita venezuelana. Segundo o PSOL, a busca por uma saída democrática e respeitosa à crise política no país deve contar com o apoio de iniciativas internacionais.
Por fim, o partido enfatizou a importância da paz e da superação do impasse na Venezuela, destacando a necessidade de uma integração soberana e independente na América Latina.
Essa manifestação do PSOL ocorreu cinco dias após as eleições na Venezuela, realizadas em 28 de julho. Durante a semana, o pré-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), havia expressado preocupação em relação à situação do país vizinho.
O órgão eleitoral venezuelano, cuja direção é majoritariamente chavista, declarou Nicolás Maduro como vencedor sem a conclusão da apuração das urnas. Nesta sexta-feira, a instituição reafirmou a vitória de Maduro, mas ainda não divulgou as atas reivindicadas.
A postura do PSOL contrasta com a posição do Partido dos Trabalhadores (PT), que em nota divulgada na última segunda-feira, 29, manifestou apoio a Nicolás Maduro como “presidente reeleito” e defendeu o processo eleitoral venezuelano, gerando reações divergentes até mesmo dentro da própria legenda.