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Ministério da Saúde alerta para surto de febre do Oropouche no Brasil, com mais de 7 mil casos confirmados e mortes inéditas

Nos últimos anos, a febre do Oropouche tem se tornado uma preocupação crescente para as autoridades de saúde no Brasil. Originado de um arbovírus identificado pela primeira vez em 1960, a doença tem se espalhado pelo país, com mais de 7 mil casos confirmados até o início de julho de 2024. Com transmissão autóctone em várias unidades federativas, a febre do Oropouche apresenta sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia.

A transmissão da doença ocorre principalmente através do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. No ciclo urbano, o mosquito Culex quinquefasciatus também pode transmitir o vírus aos humanos. Os sintomas agudos da febre do Oropouche incluem febre súbita, dor de cabeça, dor muscular e articular, podendo evoluir para manifestações mais graves, como meningite e manifestações hemorrágicas.

Recentemente, a Bahia registrou as primeiras mortes associadas à febre do Oropouche no mundo. Duas jovens sem comorbidades faleceram devido à infecção, apresentando sintomas graves, incluindo dor abdominal intensa, sangramento e hipotensão. O diagnóstico da doença é clínico, epidemiológico e laboratorial, sendo de notificação compulsória e imediata devido ao seu potencial epidêmico.

Apesar de não haver um tratamento específico para a febre do Oropouche, as autoridades de saúde recomendam repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico para os pacientes infectados. Medidas de prevenção, como evitar áreas com o vetor transmissor e usar repelentes, são essenciais para evitar a propagação da doença. A possibilidade de transmissão vertical da febre do Oropouche também tem sido investigada, com evidências de anticorpos contra o vírus em recém-nascidos com microcefalia.

Diante do aumento dos casos da febre do Oropouche no Brasil, a vigilância epidemiológica e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para conter a disseminação da doença e proteger a população. A pesquisa contínua e a colaboração entre as autoridades de saúde são essenciais para entender melhor essa enfermidade emergente e desenvolver estratégias eficazes de controle e tratamento.

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