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Dificuldades na amamentação: bebês prematuros e com síndromes apresentam hipotonia muscular e necessitam de cuidados especiais.







Bebês hipotônicos: desafios e cuidados

Bebês hipotônicos: desafios e cuidados

A hipotonia muscular em bebês prematuros ou com síndromes como a de Down pode representar desafios na amamentação e no desenvolvimento da criança. Esse problema, caracterizado pela falta de firmeza muscular, pode dificultar a sucção e movimentação adequada, impactando diretamente na alimentação e no tônus muscular dos bebês.

Segundo a pediatra Mônica Carceles Fráguas, do Hospital Maternidade Santa Joana, bebês hipotônicos geralmente apresentam dificuldades na hora de mamar, pois podem ser mais sonolentos e menos ativos, resultando em mamadas menos eficientes. A Síndrome de Down, por exemplo, pode agravar esse quadro, tornando a criança mais molinha e com menor capacidade de sucção.

Para auxiliar nesses casos, é essencial estimular o contato pele a pele logo após o nascimento, o que pode ajudar o bebê a procurar a mama e iniciar o processo de sucção. Essa prática, conhecida como “hora de ouro”, contribui para o desenvolvimento saudável do recém-nascido, mesmo diante de desafios neurológicos.

Apesar das dificuldades iniciais, a pediatra ressalta que, com o tempo e os cuidados adequados, os bebês hipotônicos tendem a apresentar melhoras significativas, tanto na sucção quanto no tônus muscular. Tratamentos específicos, terapias e estímulos podem ser fundamentais para o progresso dessas crianças.

É importante também manter a produção de leite materno, mesmo que o bebê enfrente dificuldades para mamar diretamente no seio. A ordenha e a oferta do leite em copinho podem ser alternativas viáveis para garantir a nutrição adequada enquanto o bebê desenvolve suas habilidades de sucção.

Além disso, a amamentação exclusiva até os seis meses de idade traz inúmeros benefícios para a saúde do bebê, incluindo proteção contra infecções, melhor imunidade, redução de alergias e menor risco de doenças crônicas no futuro. No entanto, é fundamental respeitar as mães que, por diversos motivos, não conseguem amamentar, evitando qualquer sentimento de culpa.

Diante dos desafios enfrentados pelos bebês hipotônicos, o apoio da família e a orientação médica adequada são essenciais para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável dessas crianças, promovendo assim uma jornada de superação e cuidado.


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