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Catalunha caminha para autonomia fiscal após acordo entre socialistas e separatistas, gerando impacto no sistema tributário espanhol.

A região da Catalunha, localizada no nordeste da Espanha e uma das mais ricas do país, tem sido governada por separatistas desde 2010. O auge da tentativa de independência ocorreu em 2017, quando o governo catalão convocou um referendo para se separar da Espanha, classificado como ilegal pelos tribunais e resultando em uma breve declaração de independência.

Desde então, a influência do movimento nacionalista diminuiu, não tendo obtido apoio suficiente para formar um governo na eleição regional de maio, vencida pelos socialistas de centro-esquerda, mas sem maioria.

A única forma de evitar uma repetição da eleição era um acordo entre a legenda vencedora e o ERC — que é separatista e de esquerda — para apoiar Illa.

Após a aprovação dos membros do ERC, uma votação de posse poderá ser realizada já na próxima semana.

Sob um acordo preliminar, a Catalunha se tornará autônoma na coleta e gestão de impostos, o que pode conflitar com os sistemas fiscais do país, onde regiões mais pobres recebem uma parte das receitas dos territórios mais ricos. Outras regiões podem exigir o mesmo direito.

Essa mudança ainda precisa ser aprovada por um Parlamento altamente dividido.

A região da Catalunha, na Espanha, tem enfrentado desafios políticos desde 2010, quando foi governada por separatistas que buscavam a independência. Em 2017, houve um movimento mais intenso nesse sentido, com a realização de um referendo considerado ilegal pela justiça espanhola. Isso resultou em uma breve declaração de independência, mas a situação não se consolidou.

Nos anos seguintes, o movimento separatista perdeu força e nas eleições regionais de maio, os socialistas de centro-esquerda venceram, porém sem maioria. Para evitar novas eleições, um acordo foi firmado entre a legenda vencedora e o partido ERC, que é separatista e de esquerda, para apoiar Illa.

Com a aprovação dos membros do ERC, uma votação de posse deve ocorrer em breve, possibilitando a formação de um novo governo na Catalunha. Sob o acordo preliminar, a região terá mais autonomia na coleta e gestão de impostos, o que pode gerar conflitos com o governo central, especialmente no que diz respeito à divisão de receitas entre regiões.

Para que essas mudanças se concretizem, será necessário o aval de um Parlamento dividido, o que pode representar um desafio adicional para o processo. A situação política na Catalunha continua sendo tema de debates e negociações, com impacto não só local, mas também nacional.

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