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Esforços de países latino-americanos podem ser determinantes para solução na Venezuela
A esperança é de que isso possa reduzir a tensão e, ao mesmo tempo, deixar claro para Maduro que uma saída eleitoral é sua melhor chance de acabar com a profunda instabilidade política e econômica.
Os três países ainda têm sido elogiados e até alvo de agradecimentos públicos por parte da oposição venezuelana, diante da postura de não reconhecer a suposta vitória de Maduro, conforme o próprio presidente declarou.
Colômbia, México e Brasil são ainda considerados pela ONU como a melhor oportunidade que a comunidade internacional tem para convencer Maduro a não direcionar o país a mais uma onda de violência que, nos últimos anos, gerou um dos maiores êxodos do mundo.
A esperança nos três países recai sobre o fato de fazerem parte de tradicionais movimentos progressistas e terem, nos últimos meses, mantido um canal aberto de diálogo com Maduro.
A chefe da comissão que investiga os crimes na Venezuela, criada pela ONU, a portuguesa Marta Valiñas, também destaca que a pressão dos países da região latino-americana pode ser a única saída.
“Eu penso que o importante neste momento é todos os atores internacionais, desde organismos de direitos humanos — como ONU e organismos regionais como a Organização dos Estados Americanos [OEA] -, mas também vários países, incluindo aqueles da região que estão mais próximos da Venezuela, possam falar de uma forma assertiva, clara, e fazer alguma pressão sobre o Governo da Venezuela com vista a uma maior transparência possível e a não reconhecer o resultado das eleições a não ser que exista esse esforço de transparência”, disse, em entrevista à agência Lusa.