Forte comoção durante funeral do líder político do Hamas em Teerã

No último dia 1º de agosto, milhares de pessoas se reuniram na Universidade de Teerã para prestarem suas últimas homenagens a Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, que foi assassinado em um ataque atribuído a Israel. A comoção era evidente, com bandeiras palestinas e fotos de Haniyeh sendo exibidas em memória ao líder islamista. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, comandou as orações durante o funeral e prometeu uma possível vingança contra Israel pelo assassinato.

A Guarda Revolucionária do Irã anunciou a morte de Haniyeh após um ataque em Teerã que vitimou também um de seus guarda-costas. O clima de tensão na região aumentou ainda mais com o bombardeio israelense em Beirute, que resultou na morte de Fuad Shukr, comandante militar do grupo Hezbollah. Esses eventos recentes provocaram temores de uma escalada no conflito em Gaza e no Oriente Médio como um todo.

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, garantiu que as consequências do ato “terrorista e covarde” de Israel serão logo percebidas. Durante o funeral, personalidades de destaque no Irã estiveram presentes, como o presidente Pezeshkian e o comandante da Guarda Revolucionária, Hosein Salami. O ministro das Relações Exteriores do Hamas, Khalil Al Hayya, reforçou o compromisso do grupo em não reconhecer Israel e em lutar pela Palestina.

Apelos internacionais por calma

A comunidade internacional pediu por calma diante das crescentes tensões na região. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, alertou para a perigosa escalada dos eventos em Teerã e Beirute, destacando a importância de buscar um cessar-fogo em Gaza. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, fez um apelo para que todas as partes dialoguem e evitem ações que possam contribuir para uma escalada ainda maior.