
“Nós nos vingaremos”, pontuou o aiatolá Ali Khamenei, chefe máximo do Irã. Em pronunciamento, o líder iraniano disse que Israel deu base para uma “punição dura e uma vingança muito difícil”.
Após o ataque, um ministro israelense comemorou a morte. “Não há mais acordos imaginários de paz/rendição. Não há mais misericórdia. A mão de ferro que os atingirá é a que trará paz e um pouco de conforto e fortalecerá nossa capacidade de viver em paz com aqueles que desejam a paz. A morte de Haniyeh torna o mundo um pouco melhor”, comentou. O ministro Yoav Gallant, após posição do Irã, afirmou estar pronto para guerra. O país, entretanto, não assumiu oficialmente a autoria do ataque.
Até mesmo aliados dos EUA alertaram para o precedente que a morte pode gerar. O governo da Jordânia, por meio do ministro das Relações Exteriores, Ayman Safadi, disse que: “a continuação da agressão de Israel contra Gaza, sua violação dos direitos do povo palestino e seus crimes contra ele, e sem ação internacional para conter sua agressão, arrastará a região para mais guerras e destruição”.
Já o Egito apontou que Israel demonstra que “não tem vontade política” de chegar a um acordo após o ato. Huberman acredita que esse ataque gerará efeitos drásticos para toda a região do Oriente Médio.
A capacidade de resistência do Hamas é limitada. Apesar de ainda estarem conseguindo manter a resistência e atingir israelenses que ocupam a Faixa de Gaza, seja por meio de armas, pelo tráfico de armas que entram através do Egito. Eu vejo um escalonamento regional.
Bruno Huberman, doutor em Relações Internacionais
O Hamas é aliado do Hezbollah, Irã, Síria, os Houths, no Iêmen, Iraque. Todos esses atores já estão se envolvendo no conflito de alguma forma e o que a gente deve ver nas próximas semanas é uma intensificação. Antes do assassinato, Israel fez um ataque a Beirute. O que não acontecia há anos.
Bruno Huberman, doutor em Relações Internacionais
Nos últimos acontecimentos envolvendo Israel e o Irã, a tensão no Oriente Médio atingiu um novo patamar. O aiatolá Ali Khamenei, chefe máximo do Irã, prometeu vingança após um ataque ocorrido. De acordo com suas palavras, Israel deu base para uma “punição dura e uma vingança muito difícil”.
O ministro israelense Yoav Gallant comemorou a morte ocorrida, afirmando que não haverá mais acordos imaginários de paz. Além disso, ele se declarou pronto para guerra em resposta às provocações do Irã. O governo da Jordânia também se manifestou, alertando para as consequências do conflito, mencionando a violação dos direitos do povo palestino e a possibilidade de mais guerras e destruição na região.
O doutor em Relações Internacionais, Bruno Huberman, analisou o cenário e afirmou que a resistência do Hamas é limitada, podendo resultar em um escalonamento regional. Ele apontou que diversos atores, como Hezbollah, Síria, Iraque e outros, estão se envolvendo no conflito, o que pode levar a uma intensificação nos próximos dias.
Com a situação se intensificando e os ânimos exaltados, a comunidade internacional observa com apreensão os desdobramentos dessa crise. A paz na região do Oriente Médio parece cada vez mais distante, abrindo espaço para cenários de maior conflito e instabilidade.