Na manhã desta quinta-feira, mais um capítulo da Operação Cianose foi desencadeado, desta vez com foco em Cléber Isaac, que já havia sido alvo na fase anterior da operação em 2022. Além dele, um advogado ligado ao empresário também foi alvo das ações dos investigadores. O objetivo da operação é recuperar os valores pagos a Cléber Isaac pelo negócio dos respiradores, que segundo as autoridades, lesaram os cofres públicos.
Detalhes da delação premiada de Cristiana Taddeo, proprietária da empresa responsável pela venda dos respiradores, foram revelados pelo UOL em abril. Segundo Taddeo, Isaac se apresentou como amigo do então governador Rui Costa e da primeira-dama Aline Peixoto, e afirmou ter intermediado o negócio.
“Cleber Isaac disse de imediato que ele é quem havia avisado a primeira-dama do governo do Estado da Bahia (Aline Peixoto, esposa de Rui Costa) que o nosso grupo poderia realizar a importação dos respiradores (…) Como Cleber Isaac e Fernando Galante eram a ponte entre o grupo e o governo do estado da Bahia, eles cobraram participação nos lucros do negócio” – Cristiana Taddeo, empresária, em acordo de delação premiada
No acordo de delação homologado pelo STJ, Cristiana Taddeo devolveu R$ 10 milhões e outros personagens envolvidos receberam os R$ 48 milhões restantes do negócio suspeito, todos ainda sob investigação. A apuração do caso está em curso na Justiça Federal da Bahia, com mandados autorizados pelo juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Especializada Criminal.
Outro lado
Questionado anteriormente sobre as acusações, Rui Costa negou irregularidades e alegou ter solicitado a abertura de investigações sobre o negócio dos respiradores.
