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Lula mantém postura cautelosa em relação à vitória de Maduro, seguindo linha pragmática do Itamaraty.

Lula mantém postura pragmática em relação à vitória de Maduro

Em sua fala, Lula não reconheceu a vitória de Maduro, mas tampouco cobrou o aliado. A atitude pragmática, porém não isenta, tem sido a marca do terceiro mandato do presidente, sugerida pelo ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial de Lula, com comportamentos semelhantes sobre os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

Lula segue o tom do Itamaraty, mas não é consenso no governo. O PT, partido do presidente, já reconheceu a vitória. Ministros, aliados e petistas têm se posicionado contra Maduro —com alguns chamando o venezuelano de ditador— e dado sinais de que não aceitam o resultado eleitoral.

Com Rússia e Palestina foi semelhante

Lula se fia nos registros eleitorais. “Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se ata tiver dúvida entre oposição e situação, oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar”, disse, em entrevista a uma filiada da Globo, ontem.

Lula demorou em cobrar eleições limpas no país. O presidente levou bastante tempo para reconhecer que as prévias tinham processos questionáveis, com por exemplo duas candidatas da oposição impedidas de disputar o pleito. Isso causou uma série de críticas por parte da oposição e até de apoiadores e motivou a ida de Amorim a Caracas para acompanhar a votação.

Cautela com acenos a Maduro. Por mais que cobre transparência, ele deixa claro que está “convencido” de que “é um processo normal, tranquilo”.

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