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Distúrbios na Venezuela: Queima de estabelecimentos, intimidações e ataques geram tensão política e críticas internacionais.

Nos últimos dias, a Venezuela tem sido palco de graves distúrbios, incluindo a queima de estabelecimentos comerciais, prédios públicos ligados a serviços essenciais como saúde e educação, assim como locais associados ao partido do governo (PSUV). Relatos também apontam para intimidações e ataques a simpatizantes do governo e líderes comunitários vinculados ao chavismo.

A violência nas ruas tem sido registrada em vídeos que circulam nos meios de comunicação estatais venezuelanos e nas redes sociais. Desde a confirmação da vitória de Nicolás Maduro nas eleições do último domingo, a oposição tem denunciado fraude e convocado manifestações de protesto.

Em meio à escalada de violência, o presidente Maduro questionou a legitimidade dos atos de protesto e provocou o alto comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas, Volker Türk, acusando o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestantes pacíficos. As críticas contra o governo também têm partido de líderes de outros países, como a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que condenou a violência e as ameaças contra manifestantes e intervenientes políticos.

Por outro lado, o governo de Maduro atribui os distúrbios a grupos organizados para cometer atos violentos e denuncia que líderes comunitários e políticos ligados ao chavismo têm sido alvo de assédio e intimidação. Autoridades venezuelanas afirmam que alguns dos presos nos incidentes foram pagos para cometer atos violentos, com vídeos mostrando supostos manifestantes admitindo terem recebido dinheiro para participar dos confrontos.

Diante desse cenário de violência e divisões políticas, Maduro prometeu criar um fundo de compensação para as vítimas dos distúrbios e medidas de proteção para as lideranças chavistas ameaçadas. Enquanto isso, a oposição liderada por Edmundo González e María Corina Machado realizou manifestações pacíficas em Caracas, pedindo o fim da repressão e ressaltando a importância do respeito aos direitos humanos e à democracia.

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