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Copom mantém taxa Selic em 10,5% ao ano em meio a cenário global incerto e dinamismo da economia brasileira

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou, de forma unânime, a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, em reunião realizada nesta quarta-feira (31). Essa decisão ocorre após a interrupção do ciclo de cortes de juros que vinha sendo implementado pelo Copom desde agosto do ano passado até março deste ano, quando os juros básicos foram reduzidos em 0,5 ponto percentual a cada reunião. Em maio, a taxa sofreu um corte de 0,25 ponto percentual.

A decisão do Copom de manter a taxa de juros inalterada foi motivada pelo cenário externo adverso e pela performance dos indicadores de atividade econômica e mercado de trabalho, que continuam apresentando um dinamismo maior do que o previsto. A resiliência na atividade econômica, o aumento das projeções de inflação e as expectativas desancoradas demandam do Copom um acompanhamento diligente e cauteloso.

Segundo a nota divulgada pelo Comitê, a decisão visa consolidar o processo de desinflação e garantir a ancoragem das expectativas em torno da meta estabelecida. A política monetária continuará contracionista por tempo suficiente para garantir esse processo, além de assegurar a convergência da inflação à meta estipulada.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação oficial, medida pelo IPCA. Em junho, o IPCA apresentou um aumento de 0,21%, abaixo da taxa registrada no mês anterior. No acumulado do ano, o IPCA subiu 2,48%, enquanto nos últimos 12 meses atingiu 4,23%, acima dos 3,93% observados no período anterior.

Para 2024, o Conselho Monetário Nacional estabeleceu uma meta de inflação em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Tanto o Banco Central quanto o boletim Focus indicam que a inflação oficial deverá fechar o ano em torno de 4%, com um cenário de inflação controlada no horizonte.

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