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Lula ignora críticas internas e alinha-se a autocratas ao apoiar eleições na Venezuela contestadas pelo Carter Centre.

Em meio à polêmica sobre as eleições na Venezuela, o assessor da Presidência da República, Celso Amorim, declarou que aguardava o posicionamento dos observadores internacionais para emitir um parecer sobre o tema. No entanto, o Carter Centre, uma importante instituição de observação eleitoral, solicitou as atas eleitorais com urgência e, ao não recebê-las, decidiu se retirar do país.

Contrariando as críticas e preocupações levantadas por diversos setores, o presidente da República defendeu a legitimidade do processo eleitoral venezuelano, argumentando que qualquer contestação por parte da oposição deve ser feita através do Judiciário, seguindo os trâmites legais estabelecidos.

Em um cenário de crescente autoritarismo, no qual os poderes democráticos são progressivamente minados, a oposição venezuelana se vê cada vez mais desfavorecida e sem garantias de um julgamento imparcial por parte do Judiciário.

Ao adotar essa postura, o ex-presidente Lula alinha-se, na prática, com líderes autocráticos como Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, abandonando a defesa da transparência e lisura eleitoral em países democráticos.

Além disso, Lula parece ignorar as divergências internas em seu próprio partido, o PT, onde deputados e senadores manifestaram insatisfação com a nota oficial do partido que endossou as eleições venezuelanas como “soberanas” e “democráticas”. Muitos membros do PT consideram o presidente Nicolás Maduro um ditador, o que evidencia a falta de consenso interno.

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