Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, é indiciado pela Polícia Federal em processo sigiloso sobre supostas propinas em contratos.

A investigação que culminou no indiciamento de Castro teve início em dezembro de 2023, com a deflagração da Operação Sétimo Mandato pela PF. A ação tinha como objetivo apurar denúncias de possíveis esquemas de propina em contratos relacionados a projetos sociais do governo fluminense. Na ocasião, apesar de não ter sido alvo dos mandados de busca e apreensão da operação, o governador se pronunciou afirmando que não havia provas contra ele e que a investigação não acrescentava novos elementos ao processo que já estava em curso desde 2019.
Em resposta ao indiciamento de Cláudio Castro, a assessoria de imprensa do governo estadual divulgou uma nota informando que a defesa do governador irá solicitar a nulidade do relatório do inquérito. De acordo com o comunicado, a investigação se baseia em uma delação criminosa de um réu confesso, cujos documentos estão sob segredo de Justiça e têm sido vazados, o que tem sido questionado nos tribunais superiores devido à falta de consistência.
A nota destaca ainda a confiança de Castro na Justiça e a expectativa de que todos os fatos sejam esclarecidos ao longo do processo legal. O governador, por sua vez, reitera que nunca foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as acusações que pesam contra ele. A defesa alega que as informações que embasam a investigação são infundadas e que a situação se resume a uma delação duvidosa.