
Reitora da Universidade Harvard renuncia ao cargo
A reitora da prestigiosa Universidade Harvard, Claudine Gay, renunciou ao cargo nesta terça-feira (2), em meio a pressões e controvérsias. A decisão foi tomada após a participação dela em uma audiência no Congresso sobre antissemitismo, que gerou polêmica, e acusações de plágio em sua carreira, que intensificaram as críticas sobre sua permanência no cargo.
Em carta publicada no site de Harvard, Gay menciona que foi uma honra presidir a universidade, mas que, após conversas com outros membros da faculdade, concluiu que é do melhor interesse de Harvard que ela renuncie, permitindo que a comunidade possa enfrentar os desafios atuais com foco na instituição. Ela também afirma que retornará ao corpo docente para retomar as atividades de ensino e pesquisa.
O mandato de Gay durou cerca de seis meses, sendo ela a primeira mulher negra a ocupar esse posto. Alan M. Garber foi indicado como presidente interino, até que um novo reitor seja escolhido.
A discussão sobre antissemitismo durante o testemunho de Gay perante um comitê da Câmara dos EUA foi um dos pontos de maior tensão. Ela, junto com outras reitoras, se recusou a responder diretamente a uma pergunta sobre se pedir o genocídio de judeus viola códigos de conduta, o que gerou críticas e pedidos para que fosse afastada do cargo.
A pressão contra Gay aumentou em dezembro, quando outra reitora de uma instituição de prestígio, Mary Elizabeth Magill, renunciou ao cargo, levantando debates sobre a permanência de autoridades acadêmicas envolvidas em controvérsias.
As próximas informações sobre a sucessão de Claudine Gay em Harvard serão atualizadas em breve.