
Eleição na Venezuela: Democracia em Questão
Neste fim de semana, a Venezuela realizou uma eleição que levantou diversas questões sobre a qualidade democrática do processo. O procurador-geral do país, responsável por fiscalizar o pleito, gerou polêmica ao demonizar pesquisas de boca de urna, declarar antecipadamente a “inevitável vitória” de seu candidato preferido e ameaçar prender quem “usurpar as funções exclusivas do órgão eleitoral”. Tais atitudes levantaram críticas sobre a imparcialidade do processo.
Além disso, críticas externas estão sendo encaradas como uma “operação de intervenção”, o que levanta questões sobre a liberdade de expressão e a pluralidade de ideias dentro do país. Enquanto isso, dentro do governo, decisões polêmicas estão sendo tomadas sem o devido escrutínio público.
A democracia vai além de simplesmente contar votos. Ela demanda uma série de valores e instituições que garantam a participação ativa da sociedade e a proteção dos direitos individuais. Infelizmente, na Venezuela atual, essas garantias parecem estar em falta.
A máquina do Estado está sendo utilizada para inflar a popularidade do governo e sabotar candidaturas opositoras, o que levanta preocupações sobre a autenticidade do processo eleitoral. Uma autocracia eleitoral não pode ser confundida com uma democracia verdadeira.
Dada a falta de respeito do presidente Maduro às instituições democráticas no passado, é compreensível que a comunidade internacional esteja desconfiada dos resultados desta eleição. Afinal, a transparência e a legitimidade do processo são essenciais para a consolidação da democracia.