Ministra argentina pede que Maduro reconheça derrota nas eleições
A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, fez um apelo neste domingo (28) para que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reconheça a derrota nas eleições presidenciais do país. Até o momento, o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano não divulgou os resultados oficiais do pleito.
Mondino, que integra o governo de Javier Milei, declarou que a diferença de votos contra a ditadura chavista é significativa, com derrotas em todos os estados por mais de 35%. Ela ressaltou que não há fraude nem violência que possa ocultar a realidade das urnas.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto van Klaveren, também se pronunciou pedindo respeito à vontade do povo venezuelano, classificando o momento como crucial para a democracia no país.
O posicionamento do Brasil tem sido mais cauteloso, com o governo debatendo a forma de reagir após a divulgação dos resultados. A espera é para verificar se haverá contestações por parte do candidato declarado derrotado.
O enviado do ex-presidente Lula para acompanhar as eleições na Venezuela, Celso Amorim, afirmou que o petista está ciente do processo e espera que os resultados finais sejam respeitados por todos os concorrentes.
Enquanto isso, a oposição venezuelana já celebrava a suposta vitória, denunciando a falta de transparência em alguns centros de votação. Também houve relatos de obstruções às testemunhas da oposição nos locais de votação, o que vai contra a legislação eleitoral.
Os ex-presidentes da Argentina, Mauricio Macri, e da Colômbia, Iván Duque, instaram as Forças Armadas venezuelanas a intervirem para garantir a saída de Maduro do poder. Macri enfatizou a importância de o exército ficar ao lado da vontade popular, enquanto Duque destacou a necessidade dos militares acatarem o resultado das urnas.