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Ministério Público pede suspensão de contratação da Cactvs pela Caixa por acusação de fraude em licitação ligada ao centrão




Ministério Público pede suspensão de contratação da empresa Cactvs pela Caixa

Ministério Público pede suspensão de contratação da empresa Cactvs pela Caixa

O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) solicitou que o órgão de controle suspenda a contratação da empresa Cactvs pela Caixa Econômica Federal. A Cactvs, ligada ao centrão e acusada de fraudar licitação, está sendo considerada para operar o microcrédito nas regiões Norte e Centro-Oeste por um valor de R$ 411 milhões.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, a empresa já está proibida de operar com o Banco do Nordeste até março de 2025 devido a problemas em uma concorrência anterior que envolveu a falsificação de um documento. O procurador Lucas Furtado enfatizou que, em nome da moralidade, é importante que outras entidades públicas não contratem uma empresa acusada de fraude.

O contrato em análise pela Caixa prevê o pagamento em 60 meses, podendo ultrapassar o valor inicial de R$ 411 milhões, dependendo do desempenho da operação. Os recursos para os empréstimos virão do Fundo Constitucional do Centro-Oeste e do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, transferindo o risco de inadimplência para esses fundos, enquanto a Cactvs assumirá o risco operacional ou de fraude.

Além disso, é importante destacar que há conexões políticas envolvidas na contratação da Cactvs, com o ex-presidente da Caixa Gilberto Occhi, ligado ao PP, sendo um dos funcionários da empresa. O atual presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes, também tem conexões políticas, sendo indicado por Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, no fim de 2023.

A nomeação de Vieira para a presidência da Caixa foi vista como um esforço do presidente Lula para se aproximar do centrão e obter apoio para projetos no Congresso Nacional. A contratação da Cactvs está sendo intermediada pelo sobrinho do presidente da Caixa, Marcos Antonio Vieira Fernandes, que atua como superintendente na subsidiária de cartões do banco.


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