Um marco histórico na medicina cardíaca foi atingido nos Estados Unidos, com o sucesso do primeiro implante de coração artificial total feito de titânio. O procedimento, realizado pela equipe da BiVACOR em parceria com o Instituto do Coração do Texas (THI), foi considerado um sucesso por ambas as partes.
Esse feito inovador marca o início de uma pesquisa clínica para avaliar a viabilidade do dispositivo, que foi submetida à Food and Drug Administration (FDA). O objetivo principal do Coração Artificial Total (TAH) é servir como uma ponte para pacientes que aguardam um transplante cardíaco, como foi o caso do primeiro paciente submetido ao implante.
O TAH funciona como uma bomba de sangue de titânio que utiliza tecnologia magnética para impulsionar o fluxo sanguíneo de forma mais eficiente do que os dispositivos convencionais. Sua estrutura de rotor suspensa em um campo magnético proporciona maior durabilidade, tornando-o uma opção promissora para pacientes com insuficiência cardíaca grave.
O cardiologista Fabio Gomes explicou que o TAH substitui os dois ventrículos do coração, o que o torna uma alternativa eficaz para pacientes em situações críticas. Além disso, o dispositivo apresenta diferentes indicações de uso, incluindo como ponte para transplante, ponte para decisão e ponte para alta.
Essa nova tecnologia representa uma esperança para pacientes em espera por um transplante cardíaco, especialmente em um cenário de escassez de órgãos. No Brasil, embora existam 407 pessoas aguardando um transplante de coração, a disponibilidade de órgãos é relativamente maior do que em outros países.
Com os avanços no desenvolvimento de dispositivos médicos como o TAH da BiVACOR, a possibilidade de proporcionar uma vida melhor e mais longa para pacientes com insuficiência cardíaca grave se torna cada vez mais viável e promissora.
