O deputado federal José Medeiros (PL-MT) apresentou nesta quinta-feira, 21, um projeto de lei que visa permitir o porte de arma de fogo para todos os membros do Congresso Nacional. De acordo com a justificativa do texto, a iniciativa tem como objetivo proteger os parlamentares, uma vez que eles podem se tornar alvos de indivíduos desequilibrados em busca de notoriedade.

Em sua argumentação, o autor ressalta que os debates políticos muitas vezes extrapolam os limites e, nesses casos, comportamentos radicais, ameaças de agressões físicas e até mesmo atentados contra a vida podem ocorrer.

O projeto de lei foi protocolado um dia após o ocorrido envolvendo o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), que agrediu o deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES) e proferiu ofensas contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

Além disso, o texto propõe que as assembleias legislativas e a Câmara Distrital tenham autonomia para decidir se os seus membros poderão ou não portar armas de fogo.

Tiroteio no Senado

O Senado Federal já foi palco de uma tragédia envolvendo arma de fogo. Em 4 de dezembro de 1963, o então senador Arnon de Melo (PDC) disparou contra o senador Silvestre Péricles de Góis Monteiro (PST), seu arquirrival na política de Alagoas. O projétil acabou atingindo o senador José Kairala (PSD), que ocupava o cargo desde julho daquele ano.

Como resultado desse trágico episódio, foi votada a proibição do porte de arma nas dependências do Congresso Nacional. Desde então, mesmo os parlamentares autorizados a portar armas não podem fazê-lo no prédio.