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Venezuela em tensão: eleições presidenciais geram incerteza e medo do pós-votação em Caracas.




Eleições em Caracas

A tranquilidade com que ocorria a votação para presidente em Caracas, neste domingo (28), não dá o tom da tensão na qual a Venezuela está imersa e da incerteza da qual se sabe que o país mergulhará seja qual for o resultado.

Aqueles que escolheram votar (o voto é facultativo) guardavam a energia para acompanhar o pós-votação, a partir das 19h (18h locais). E temem o que transcorrerá.

Em um centro de votação da região de La Mercedes, na capital, muitos idosos aguardavam sentados e eram auxiliados pela polícia bolivariana a buscar uma sombra que os protegesse dos 28°C.

Em alguns centros de votação no país (são mais de 15 mil, com 30 mil urnas) a votação demorou cerca de 1 hora para começar, com votantes esperando em fila. Em outro, houve confusão entre os eleitores com linhas políticas opostas, que se agrediram, mas o relato até aqui é isolado.

O casal de engenheiros civis Ana, 64, e Enrique Protzel, 69, já havia votado. Os dois escolheram Edmundo González, nome da oposição.

Em um ambiente marcado pela incerteza, Enrique expressa sua esperança em meio às dificuldades. Ele acredita que as eleições são um momento crucial para o país, mas teme as consequências de qualquer resultado. Ana, por sua vez, mostra resignação diante do cenário político venezuelano.

Estrella Fernandez, uma dona de casa que votou pela oposição, critica a desigualdade na campanha eleitoral e a falta de divulgação do lado oposto ao governo. Ela também compartilha suas preocupações com a manutenção do poder por parte do governo atual, destacando a importância das redes sociais na disseminação de informações.

Ao longo do dia, os venezuelanos, entre esperança e descrença, exerceram seu direito democrático nas urnas, cientes dos desafios que o futuro reserva para sua nação atormentada pela crise política e econômica.


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