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Edmundo González confia nos militares para garantir resultado da vontade do povo nas urnas, reafirma em votação em Caracas.


O clima político na Venezuela está cada vez mais tenso, com a disputa entre o candidato opositor à Presidência, Edmundo González, e o ditador Nicolás Maduro. González, que se apresenta como o principal concorrente, reforçou sua confiança nas Forças Armadas para garantir que a vontade do povo nas urnas seja respeitada. Essas declarações foram feitas por ele ao votar neste domingo (28) em Caracas.

A chegada de González ao centro de votação, acompanhado da esposa e da filha, chamou atenção por ele dirigir seu fusca amarelo, que remete ao fusca vermelho utilizado por Hugo Chávez. Após votar, o candidato fez um discurso pedindo reconciliação entre os venezuelanos, enfatizando que sua vitória representaria esse desejo, em meio ao apoio da líder opositora María Corina Machado.

González votou algumas horas após Maduro ir às urnas e declarar que só reconhecerá o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o que gerou tensão devido à organização de uma auditoria independente pela oposição. Além disso, a população foi incentivada a acompanhar de perto a verificação das urnas nos colégios eleitorais.

O candidato opositor destacou que o CNE é o órgão eleitoral oficial, mas ressaltou que sua campanha também está monitorando o processo. A oposição criou um canal de denúncias nas redes sociais para que os eleitores relatem qualquer irregularidade presenciada durante a votação.

No centro de votação de González, um homem foi retirado por um membro da Guarda Bolivariana após registrar com o celular a urna eletrônica. Mesmo assim, ele conseguiu depositar o comprovante na urna física, concluindo seu voto. O presidente do CNE, Elvis Amoroso, criticou González, acusando-o de ignorar a Constituição e as leis do país.

A disputa eleitoral na Venezuela segue acirrada, com acusações de ambos os lados e tensão nas ruas. A população aguarda ansiosa pelo desfecho das eleições e pela confirmação do próximo presidente do país.


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