Uma delegação enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e liderada pelo embaixador Celso Amorim se reuniu nos últimos dias com o chefe da diplomacia venezuelana e outras autoridades. Segundo informações apuradas pelo UOL, em todos os contatos, os representantes do governo Maduro sinalizaram que não vão contestar os resultados das urnas.
Essas garantias foram dadas após um período de turbulência e incertezas. Maduro chegou a alertar que haveria um possível “banho de sangue” caso não saísse vitorioso, além de ter desenhado as cédulas de votação de uma maneira que pode gerar confusão entre os eleitores.
As relações entre Brasil e Venezuela também foram abaladas quando o presidente venezuelano, sem provas concretas, acusou o sistema eleitoral brasileiro de falhar na segurança. Esses comentários levaram o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a cancelar o envio de observadores para o pleito na Venezuela. Caso a missão tivesse sido mantida, o relatório do TSE seria divulgado publicamente.
Além disso, a delegação brasileira em Caracas também se encontrou com representantes dos candidatos da oposição. Segundo o UOL, nessas reuniões não houve a mesma garantia de reconhecimento imediato do resultado eleitoral. Os grupos de oposição argumentam que tudo dependerá da transparência da apuração, porém garantem que reconhecerão uma vitória da oposição.
A previsão é que os primeiros resultados das eleições na Venezuela sejam divulgados entre as 22h e 23h deste domingo, horário local de Caracas.
