
A mobilização é uma das chaves para a votação de domingo na Venezuela. Uma participação elevada poderia beneficiar a oposição que realizou uma campanha atípica. Maria Corina Machado, uma das principais líderes da direita, bastante radical em suas posições contra o governo de Maduro, venceu as primárias, mas foi declarada inelegível.
Ela foi substituída em abril por Urrutia, um ex-diplomata, quase desconhecido, de fala mansa que nunca atacou frontalmente seu oponente. “O apelo à reconciliação entre os venezuelanos esteve no centro da minha campanha”, declarou recentemente, dizendo estar confiante na vitória.
‘Guerra civil’
Há poucos dias, o líder chavista, no poder há 11 anos, sugeriu que não pretendia largar as rédeas do país. “Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil, certifiquem-se de que teremos a maior vitória possível”, disse ele a seus apoiadores.
A declaração foi duramente criticada pelo presidente Lula (PT), apesar de o petista ser um aliado tradicional de Maduro.
O presidente venezuelano reagiu criticando os sistemas eleitorais do Brasil, da Colômbia e dos Estados Unidos. “Quem se assustou que tome um chá de camomila”, rebateu o venezuelano.
A votação na Venezuela neste domingo é crucial para o futuro do país. A mobilização dos eleitores será fundamental para a definição dos rumos políticos, com potencial benefício para a oposição. Maria Corina Machado, líder da direita radical, foi substituída por Urrutia, um ex-diplomata que prega a reconciliação.
Por outro lado, o líder chavista, no poder há mais de uma década, fez declarações polêmicas sugerindo que não pretende abrir mão do governo. Suas palavras foram duramente criticadas, inclusive pelo presidente Lula, tradicional aliado de Maduro.
Além disso, Maduro criticou os sistemas eleitorais de outros países, gerando controvérsias e tensões pré-eleitorais. Resta aguardar o desfecho das eleições e as consequências que poderão surgir a partir do resultado das urnas.