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Inverno aumenta internações por infarto em até 12% no Brasil, alertam especialistas. Medidas preventivas são essenciais para reduzir riscos.

De acordo com informações obtidas pelo Observatório de Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), com base em dados do Ministério da Saúde, divulgadas nesta sexta-feira (26), a estação do inverno é responsável por um aumento significativo no número de internações por infarto. Segundo a diretora do INC, Aurora Issa, esse aumento pode chegar a até 12% no Brasil, atingindo principalmente pessoas que apresentam fatores de risco. A nível mundial, esse índice chega a 30%.

A doutora Aurora destacou que diversos aspectos fisiopatológicos contribuem para esse aumento de infartos durante o inverno. O frio, por exemplo, faz com que os vasos sanguíneos se contraiam em resposta às baixas temperaturas, o que pode levar a um aumento na pressão arterial e sobrecarregar o coração. Além disso, o número de internações por infecções respiratórias durante o inverno também é um fator que pode instabilizar placas de gordura nas artérias coronárias e favorecer a formação de trombos.

É importante estar atento aos sintomas de um infarto, que muitas vezes se manifestam como dor prolongada no peito, podendo irradiar para o braço esquerdo. No entanto, também podem ocorrer apresentações atípicas, como desconforto, falta de ar e cansaço. A recomendação é procurar ajuda médica imediatamente ao sentir esses sintomas, pois o tempo de espera pode resultar em danos irreversíveis ao músculo cardíaco.

Para prevenir infartos no inverno, o cardiologista Flavio Cure recomenda que pessoas com propensão a doenças cardiovasculares controlem a pressão arterial, o peso, a glicose e o colesterol. Além disso, é importante manter uma boa hidratação, já que o sangue tende a ficar mais espesso no frio. O médico ressalta que qualquer pessoa está sujeita a um infarto, mas aqueles com alterações na circulação cardíaca possuem um maior risco.

É importante ressaltar que o infarto é mais frequente em homens do que em mulheres, sendo mais comum em homens a partir dos 50 anos e em mulheres acima dos 60 anos. Embora casos de infarto em jovens sejam mais raros, eles também podem ocorrer, principalmente se houver alguma doença de base. Portanto, é fundamental que todos estejam atentos aos sintomas e adotem medidas preventivas para reduzir os riscos de infarto, especialmente durante o inverno.

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