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Em 15 de agosto, o Brasil e a China comemoram 50 anos do estabelecimento de suas relações diplomáticas. O país asiático é hoje o principal destino das exportações brasileiras. Há conversas em andamento para que o Brasil integre a chamada Nova Rota da Seda, o projeto transnacional de infraestrutura desenvolvido pela China.
De acordo com o presidente do Instituto Sociocultural Brasil-China (Ibrachina), Thomas Law, a adesão do Brasil à iniciativa pode ser benéfica para o país, mas esse processo precisa ser pensado de modo a evitar problemas futuros.
Leia a íntegra da entrevista:
Congresso em Foco: Como o senhor avalia o atual momento das relações Brasil-China?
Thomas Law:
É um momento muito positivo, de celebração, porque no mês que vem, em agosto, estaremos celebrando 50 anos das relações diplomáticas Brasil-China. No ano passado, o presidente Lula foi à China e foi recebido de uma forma muito especial pelo presidente Xi [Jinping]. Também tivemos diversas autoridades brasileiras que foram pra lá também no ano passado, como o [presidente da Câmara, Arthur] Lira, e ministros do governo.
…
O que está sendo pensado pelo Ibrachina para comemorar os 50 anos das relações diplomáticas entre Brasil e China?
Há vários eventos em Brasília, em São Paulo e em Campinas. Teremos a vinda da Ópera de Pequim para o Brasil, eventos culturais do Dragon Boat Festival, eventos de música e dança. Também um evento muito grande no Congresso Nacional, no dia 15 de agosto, com a presença do embaixador.
Em Campinas, haverá torneios de kung-fu, de ping-pong, celebrações com as empresas chinesas na cidade, onde tem um polo cultural também, junto com a prefeitura de Campinas. Em São Paulo, aqui com a comunidade chinesa e na Câmara Municipal, no Teatro Municipal.
Também vamos lançar o “Ibrachina Musical Project”, que são músicas da nossa banda, que é incentivada pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. São brasileiros que cantam músicas chinesas. Então, tem já um álbum de 10 músicas com Spotify, que será lançado agora em agosto. Lançaremos também um livro dos 50 anos das relações diplomáticas, produzido pelo Chinese Bridge Club, que é um órgão oficial chinês que está no Brasil.