
“Nicolas Maduro vencerá com 56% ou mais!”, exclamou Lizmary Carballo, ativista do PSVU (Partido Socialista Unido da Venezuela). “Vai ser difícil porque há muitas pessoas que não conseguem ver além da ponta do nariz e não veem o que está acontecendo”, reconheceu.
A mobilização é uma das chaves para a votação de domingo na Venezuela. Uma participação elevada poderia beneficiar a oposição que realizou uma campanha atípica. Maria Corina Machado, uma das principais líderes da direita, bastante radical em suas posições contra o governo de Maduro, venceu as primárias, mas foi declarada inelegível.
Ela foi substituída em abril passado por Edmundo Gonzalez Urrutia, um ex-diplomata, quase desconhecido, de fala mansa que nunca atacou frontalmente seu oponente. “O apelo à reconciliação entre os venezuelanos esteve no centro da minha campanha”, declarou recentemente, dizendo estar confiante na vitória.
‘Guerra civil’
Há poucos dias, o líder chavista, no poder há 11 anos, sugeriu que não pretendia largar as rédeas do país. “Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil, certifiquem-se de que teremos a maior vitória possível”, disse ele a seus apoiadores.
Declarações que foram duramente criticadas pelo presidente Lula, apesar de ser um aliado tradicional de Nicolás Maduro.
A eleição presidencial na Venezuela tem gerado expectativas e tensões nos últimos dias. A ativista Lizmary Carballo, do PSVU, prevê a vitória de Nicolás Maduro com uma margem confortável de 56% ou mais. Segundo Carballo, muitas pessoas não conseguem enxergar a situação política atual no país.
A mobilização dos eleitores será fundamental para o desfecho das eleições de domingo. A oposição, liderada por Maria Corina Machado, enfrenta obstáculos após a inelegibilidade da líder. Edmundo Gonzalez Urrutia assumiu seu lugar e fez uma campanha baseada na reconciliação entre os venezuelanos.
‘Guerra civil’
Recentemente, Nicolás Maduro alertou sobre os riscos de uma guerra civil caso não obtenha uma vitória expressiva. Suas declarações foram criticadas pelo presidente Lula, mesmo sendo um aliado tradicional do atual líder venezuelano.