
Na última quarta-feira, o deputado federal Túlio Gadêlha, do partido Rede de Pernambuco, fez um discurso na sessão da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados contra o projeto de lei que propunha a anistia aos presos do 8 de janeiro. Após esse pronunciamento, o parlamentar passou a receber ameaças e, por isso, solicitou escolta armada à Polícia Legislativa da Casa.
Uma das pessoas que se manifestou contra o posicionamento de Gadêlha foi Edjane da Cunha, viúva de Cleriston Pereira da Cunha, conhecido como “Clezão”, um dos detidos beneficiados pela anistia. Ela protestou durante o discurso do deputado com gritos em repúdio às suas palavras.
Apesar de procurada para comentar sobre o pedido de escolta feito pelo parlamentar, a Câmara dos Deputados não se pronunciou até o momento da redação deste texto.
O deputado Gadêlha se manifestou a respeito das ameaças recebidas, destacando a diferença entre discordar de suas posições e ameaçar sua integridade. Ele expôs algumas mensagens de ódio que recebeu, como um comentário no Instagram que dizia: “Eu gastaria meu réu primário com muito orgulho e te mandava para o colo do capeta”. Além disso, uma pessoa enviou pelo WhatsApp a seguinte mensagem: “Contrata segurança que o pau vai torar”.
Diante dessas ameaças, o deputado enfatizou a importância de respeitar opiniões divergentes sem recorrer à violência. Ele ressaltou que ameaçar alguém por suas posições políticas é algo inaceitável e caracteriza um desrespeito às instituições brasileiras.