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A crise dos agricultores alemães: falta de interesse dos jovens gera preocupação sobre o futuro da produção de alimentos


Por que os jovens alemães não querem mais ser agricultores?

Nos últimos anos, uma preocupação tem rondado as fazendas alemãs: quem será responsável por cultivar os alimentos no futuro? Com o envelhecimento da população rural, os agricultores mais experientes estão se aposentando, e os jovens não demonstram interesse na profissão devido aos baixos salários e à qualidade de vida precária.

Minha visita à fazenda da senhora Dorothee Hochgürtel, em Zullighöven, revelou um pouco mais sobre esse cenário. Ao chegar ao pequeno vilarejo no estado da Renânia do Norte-Vestfália, fui recebido por uma paisagem verde exuberante e isolada do resto do mundo. Dorothee, de 65 anos, administra a propriedade desde 2001, mantendo mais de cem animais, entre cabras, ovelhas e cavalos, além de um pomar com mais de 130 variedades de maçãs.

Entretanto, a realidade de Dorothee não reflete a situação geral das fazendas alemãs. Muitos jovens têm optado por buscar oportunidades fora do setor agrícola, devido às condições desfavoráveis de trabalho. Os baixos salários e a falta de perspectivas de crescimento profissional afastam os jovens do campo, que buscam melhor qualidade de vida em outras áreas de atuação.

Diante desse cenário, surge a preocupação com o futuro da agricultura na Alemanha. Sem a renovação geracional, as fazendas podem enfrentar dificuldades para manter a produção de alimentos. É necessário repensar o modelo de trabalho no campo e criar incentivos para atrair os jovens de volta à atividade agrícola, garantindo assim a sustentabilidade do setor a longo prazo.


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