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Três suspeitos ligados à extrema direita são presos por vandalismo em Memorial da Shoah em Paris, desencadeando preocupações sobre aumento do antissemitismo.






Três búlgaros ligados à extrema direita são presos por vandalismo em Memorial de Paris

Três búlgaros ligados à extrema direita são presos por vandalismo em Memorial de Paris

No dia de hoje, autoridades europeias divulgaram a prisão de três homens búlgaros com conexões com a extrema direita, sob suspeita de vandalizarem o Memorial da Shoah, museu do Holocausto em Paris, no mês de maio. Dois dos suspeitos foram detidos na Bulgária, enquanto o terceiro foi encontrado na Croácia.

De acordo com a agência de segurança nacional búlgara, os três indivíduos são próximos a círculos de extrema direita no país e são acusados de danificar o muro ao redor do museu parisiense conhecido como Muro dos Justos. O ato de vandalismo ocorreu durante a madrugada do dia 14 de maio e as autoridades ainda estão em busca de possíveis cúmplices e mandantes.

Os suspeitos pintaram pelo menos 35 mãos vermelhas no muro, que representa a honraria “Justo Entre as Nações” concedida pelo Memorial Yad Vashem, em Jerusalém, a pessoas não-judias que ajudaram a resgatar judeus durante o Holocausto. O muro também possui placas com os nomes de 3.900 homens e mulheres francesas ou que atuaram na França e receberam esse título.

A Procuradoria de Paris abriu uma investigação judicial e emitiu um mandado de prisão europeu para os suspeitos que fugiram para o exterior. Este evento ocorre em um contexto delicado, com relatos de aumento do antissemitismo na Europa durante o conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, o qual causou um crescimento de até 400% em casos dessa natureza, de acordo com algumas organizações.

Uma pesquisa realizada pela Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia revelou que judeus em diversos países do continente estão se sentindo mais inseguros, com a França apresentando a taxa mais elevada de sentimentos de insegurança, afetando 74% da comunidade judaica. A pesquisa consultou judeus em 13 países europeus, onde a percepção de insegurança atinge 62% dos entrevistados.


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