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Taxação dos super-ricos avança globalmente com pressão pela justiça fiscal e combate às mudanças climáticas, diz ministro da Fazenda.

A pressão por taxar os super-ricos está cada vez mais em destaque, especialmente diante dos desafios relacionados às mudanças climáticas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que essa pressão só irá aumentar, principalmente após a inclusão do tema nas declarações aprovadas por consenso durante a 3ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20.

Em suas declarações, Haddad destacou a importância de novas fontes de financiamento para a transição ecológica e o combate à pobreza. Segundo o ministro, a mobilização social em torno dessa agenda tende a crescer, refletindo a necessidade de contribuição justa de todos os contribuintes, incluindo os super-ricos.

O entendimento alcançado para incluir a discussão sobre a taxação dos super-ricos nos documentos oficiais do G20 foi comemorado por Haddad, que considerou uma vitória a menção explícita ao tema. Ele enfatizou a importância de garantir que os indivíduos com alto patrimônio líquido contribuam de maneira justa com os impostos, evitando práticas de elisão fiscal agressiva.

Além da taxação dos super-ricos, as declarações aprovadas durante a reunião abordaram questões fundamentais como o combate à fome, à pobreza e às desigualdades, a ampliação do financiamento da mudança climática e a eficácia dos bancos multilaterais de desenvolvimento. O compromisso de mobilizar recursos adicionais, públicos e privados, para a implementação da Agenda 2030 também foi destacado nos documentos.

Haddad ressaltou que a inclusão da taxação dos super-ricos na agenda internacional do G20 representa um avanço significativo e que o Brasil continuará insistindo no tema, buscando o diálogo com outros países e organismos internacionais. A presidência brasileira no G20 tem como objetivo promover o debate e a cooperação em questões econômicas, sociais e de desenvolvimento global.

O ministro tem chamado a pauta da taxação dos super-ricos de “Pilar Três”, como forma de estimular o debate e demonstrar a importância do tema. Ele defende a coordenação entre os países para adotar um imposto mínimo sobre os super-ricos, apesar das resistências existentes. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, defende que cada governo trate da questão internamente, sem necessidade de um pacto global.

A necessidade de um consenso global nessa questão é vista como crucial para evitar conflitos fiscais entre os países. Haddad destaca que a melhor solução é sempre alcançar o consenso, para garantir a eficiência e a justiça nos sistemas fiscais. Nesse sentido, o Brasil continuará buscando o diálogo e a cooperação internacional para avançar na taxação dos super-ricos e em outras questões fundamentais para o desenvolvimento sustentável.

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