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Longas jornadas de trabalho e deslocamento: a rotina exaustiva dos moradores da zona oeste do Rio de Janeiro





O Desafio do Deslocamento na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Leandro Martins, 27 anos, é um exemplo da rotina exaustiva enfrentada diariamente pelos moradores da zona oeste do Rio de Janeiro. Acordando às 4h30 da manhã, ele embarca no trem às 5h35 em Bangu para chegar ao centro antes das 7h. Martins, que trabalha como assistente de faturamento em um laboratório de análises clínicas, também atua como arquiteto autônomo. Seu deslocamento inclui viagens em pé, metrô e uma jornada de volta para casa que totaliza quatro horas no fim do dia.

O esforço e o cansaço acumulado ao longo da semana impedem que Martins aproveite momentos de lazer nos finais de semana. Mesmo que deseje estender suas atividades após o expediente, precisa se contentar com o trem parador, devido ao tempo e custo de deslocamento. A falta de oportunidades de emprego na zona oeste é uma das principais queixas dos moradores, que muitas vezes precisam atravessar a cidade diariamente em busca de trabalho.

O desejo de se mudar para uma região mais próxima do trabalho surge como uma alternativa, porém, os altos preços dos aluguéis no centro e na zona sul são um obstáculo para muitos. Martins relata a dificuldade de conciliar o deslocamento diário com atividades físicas, lazer e estudos adicionais.

A prefeitura tem buscado incentivar a reocupação do centro da cidade como forma de mitigar a pressão imobiliária na zona oeste. Projetos como o “Reviver Centro” visam atrair moradores de classe média para a região central, mas especialistas apontam a falta de imóveis adequados para famílias maiores e de baixa renda.

Propostas dos Pré-Candidatos para a Reocupação Urbana:

Eduardo Paes (PSD): O atual prefeito, que tenta a reeleição, defende a continuidade dos projetos de reocupação do centro e da zona portuária. Ele destaca a importância do Parque do Porto, restauração de espaços históricos e criação de parques para conter o crescimento desordenado.

Tarcísio Motta (PSOL): O pré-candidato propõe a criação de uma imobiliária pública para construir moradias acessíveis, com foco na zona central e zona norte da cidade. Ele também se compromete a combater a grilagem de terras na zona oeste e investir em proteção socioambiental.

Alexandre Ramagem (PL): Ramagem promete revitalizar as áreas centrais, aumentar a densidade habitacional e melhorar os serviços na região. Ele ressalta a importância de discutir o crescimento urbano de forma sustentável e consciente.

O desafio do deslocamento na zona oeste do Rio de Janeiro reflete não apenas uma questão geográfica, mas também social e econômica. A busca por soluções que beneficiem todos os moradores da cidade é essencial para garantir um desenvolvimento urbano mais equilibrado e inclusivo.


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