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Brasileiros em Gaza são reféns de Israel, afirma comentarista em meio a tensões diplomáticas e prisões suspeitas.




Israel mantém aprisionados brasileiros em Gaza

Mais de 3 mil estrangeiros já deixaram Gaza, rumo ao Egito, por meio da passagem de Rafah. No entanto, os 34 cidadãos brasileiros que ali estão ainda aguardam a saída desde que a guerra teve início. Esse estado de coisas foi recentemente definido como uma forma de prisão, tornando os brasileiros reféns e o Estado de Israel um carcereiro. Deve-se notar ainda que aproximadamente 2 milhões de palestinos vivem em Gaza sob condições semelhantes, porém sem a proteção diplomática de um terceiro Estado.

A retaliação de Israel contra o Brasil parece ter se intensificado, especialmente após o governo brasileiro tentar construir no Conselho de Segurança da ONU uma saída que pudesse ser aprovada por todos os membros e permitisse pausas humanitárias. Israel mantém uma postura hostil, tornando cada vez mais difícil para os brasileiros deixarem a zona de guerra. Ontem, a diplomacia israelense alcançou um novo nível ao usar as vidas dos brasileiros aprisionados em Gaza como chantagem, expondo a má vontade extrema em relação ao governo brasileiro.

No dia de ontem, o embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, se reuniu com o ex-presidente Jair Bolsonaro e membros da chamada “bancada conservadora” na Câmara dos Deputados, para mostrar-lhes vídeos da ação do Hamas contra Israel em 7 de outubro. Este ato foi comparado a um embaixador brasileiro em Israel convidando membros do Hamas para assistir vídeos de bombardeios israelenses em Gaza.

O segundo ato foi a prisão pela Polícia Federal de supostos membros do Hezbollah que estariam planejando atos terroristas no Brasil. Essas prisões foram resultado de cooperação do Mossad, agência secreta israelense, com a Polícia Federal. No entanto, até o momento, não há evidências concretas de absolutamente nada, levantando questões sobre o real motivo por trás dessas ações e a relevância estratégica de atentados terroristas em um país que mantém posição divergente dos interesses de Israel no Conselho de Segurança da ONU e tem boas relações com o Irã. Esses eventos recentes deixam evidente a escalada de confronto diplomático provocado por Israel contra o Brasil.


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