
O judô é o esporte que trouxe mais medalhas para o Brasil em Jogos Olímpicos e o terceiro em Jogos Paralímpicos. Somando todas as conquistas, são 53 medalhas no esporte de alto rendimento mundial.
Dez dessas medalhas são de ouro: cinco nas Paralimpíadas e cinco nas Olimpíadas. Dentre as campeãs que trouxeram a conquista mais alta dessa luta para casa, estão Alana Maldonado e Beatriz Souza.
Para compreender a relevância dessas vitórias e saber mais da história das judocas brasileiras, conversamos com as duas. Veja tudo que descobrimos!
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Começo no judô
Começamos questionando como elas entraram para o judô. Alana nos conta que iniciou a prática do esporte em 2014, quando já estava na faculdade.
A judoca também revela que, na sua primeira competição, não tinha grandes pretensões de ser campeã, entretanto demonstrou um bom desempenho na modalidade e logo foi convidada para ingressar na seleção brasileira.

Já Beatriz começou no judô quando ainda era uma criança. Por volta dos 14 anos, foi convidada para representar o Palmeiras e em seguida foi convocada pelo Pinheiros, onde atua até hoje.
Relação de Beatriz com o Exército
Outro sonho que acompanhava Beatriz desde pequena era o de ingressar no Exército, a exemplo de seu pai, um militar aposentado que serve muito de inspiração para a campeã olímpica. Em 2018, ela teve a oportunidade de ingressar nas Forças Armadas através do Programa de Atletas de Alto Rendimento e, hoje em dia, é 3º sargento do Exército.
Ela afirma que, assim como a estrutura do Esporte Clube Pinheiros e do Comitê Olímpico Brasileiro, as instalações, médicos e equipamentos do Exército a ajudaram a atingir o nível que tem hoje.

Transformação do esporte
Alana afirma que o judô transformou a sua vida totalmente. Ela declarou:
“Hoje, eu consigo viver do esporte, viver do que eu amo, investir na minha carreira para conquistar grandes resultados.”
Ela tem uma medalha de ouro paralímpica, conquistada nos jogos de Tóquio, e um bicampeonato mundial, sendo um vencido em 2022, na cidade azerbaijana de Baku, e outro em 2018, em Portugal.
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Dificuldades antes da vitória
Beatriz revelou que os maiores desafios enfrentados por ela na sua vida de atleta foram as lesões e a distância da família. Mas também falou sobre o foco na conquista do ouro olímpico:
“O ouro olímpico é o objetivo de todo atleta, então todas as competições, todos os treinamentos, todo nosso dia a dia, sempre foram degraus para chegar no objetivo, que era a medalha olímpica.
Eu acredito que Deus tem um plano na vida de cada um e que tudo tem seu tempo, tudo é a construção do grande objetivo, do sonho e comigo não foi diferente, eu sempre tive em mente a minha medalha olímpica e tudo o que passei ao longo desses anos foi necessário para chegar a onde eu cheguei.”
Em seguida, a Sargento afirma estar profundamente feliz com sua medalha de ouro olímpica e descreve o sentimento da vitória como novo, mágico e surreal, uma mistura gigantesca de emoções.
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Conselhos para as futuras campeãs brasileiras
Pedimos que as duas medalhistas de ouro dessem conselhos às jovens que, como elas, querem ocupar o local mais alto do pódio. Alana disse:
“Nunca desista! Obstáculos sempre vão surgir na nossa caminhada, tenha muito foco, muita força, muita fé, que com certeza, com muito treino, você consegue chegar”
Beatriz encerrou:
“Sempre batalhem pelos seus objetivos, acreditem, confiem, todos os sonhos valem a pena.”
Por Tiago Vechi
Jornalista