A escalada retórica de Nicolás Maduro a poucos dias da eleição presidencial na Venezuela incluiu ataques à urna eletrônica brasileira. Na noite de terça-feira (23), em um comício, o ditador acusou, sem provas, os sistemas eleitorais do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia de não permitirem auditoria dos votos —o Tribunal Superior Eleitoral rebateu.
O tom mais forte de Maduro já tinha sido visto em declarações a respeito de um “banho de sangue” no país e na resposta a críticas a essa fala. Lula (PT), por exemplo, se disse assustado com ela; o venezuelano respondeu afirmando que “quem se assustou que tome chá de camomila”.
A postura coincide com as pesquisas que indicam larga vantagem para a oposição, que tem no diplomata Edmundo González o principal nome. No domingo (28), após a votação, as dúvidas restarão sobre o respeito ao resultado. Nesta quarta (24), o filho de Maduro disse ao jornal El País que, se perder, o ditador vai aceitar a derrota e entregar o poder.
O episódio desta quinta-feira (25) do Café da Manhã antecipa o que esperar da eleição na Venezuela. De Caracas, a repórter Mayara Paixão, correspondente da Folha para a América Latina, relata como o país se prepara para o pleito, analisa os discursos de cada lado e discute o desgaste de Maduro e os atritos dele com Lula.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Thaísa Oliveira e Gustavo Simon. A produção é de Carolina Moraes e Lucas Monteiro e a edição de som, de Thomé Granemann.