Maduro gera polêmicas com Brasil, Argentina e observadores internacionais
Nos últimos dias, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, tem aumentado o tom de suas declarações, gerando polêmicas principalmente com o Brasil. Nesta quarta-feira (23), o Tribunal Supremo Eleitoral brasileiro anunciou que não enviará observadores para acompanhar as eleições deste domingo (28) em reação às críticas feitas por Maduro. Durante um comício no interior do país, o venezuelano afirmou de forma errônea que “no Brasil, nem um único boletim de urna é auditado”, declaração prontamente desmentida pelo TSE.
Além disso, Maduro também distanciou-se de seu antigo aliado Luiz Inácio Lula da Silva, sugerindo que o brasileiro “tomasse chá de camomila” após Lula expressar preocupação com um possível “banho de sangue” sugerido por Maduro caso ele perca as eleições.
O ex-presidente argentino Alberto Fernández anunciou através das redes sociais que teve seu convite para acompanhar as eleições na Venezuela retirado pelo governo de Nicolás Maduro, sob a justificativa de que suas declarações poderiam gerar dúvidas sobre sua imparcialidade. A ação foi tomada após Fernández expressar opiniões semelhantes às do presidente do Brasil, o que poderia causar desestabilização no processo eleitoral.
O nome de Fernández junta-se à lista dos observadores internacionais que foram desconvidados pelo presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso, como a União Europeia, que decidiu manter sanções a alguns membros do chavismo em maio deste ano.
Enquanto isso, o ex-diplomata Edmundo González e a líder Maria Corina Machado, que foi proibida de concorrer nas eleições, convocaram seus partidários para uma “atividade massiva” em Caracas. Ao longo da campanha, González e Machado percorreram diversas regiões da Venezuela, sendo ovacionados por milhares de partidários que demonstram interesse em uma mudança de governo após 25 anos de governo chavista no país.