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Bolsonaro e Maduro: entre elogios e comparações, amizade cínica e suspeição de urnas eletrônicas agitam a política latino-americana.




Artigo de Opinião


No final de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu ao elogiar as urnas utilizadas em plebiscito promovido por Nicolás Maduro, ditador da Venezuela. Essa atitude foi recentemente utilizada por Maduro para questionar o processo eletrônico de votação do Brasil, gerando um embate entre os líderes. Em tom irônico, Bolsonaro chegou a comentar nas redes sociais: “Maduro is my friend. Kkkkkkkkkkkkk”.


Na campanha de 2022, Bolsonaro utilizou um vídeo com imagens de Lula ao lado de Hugo Chávez para alertar sobre os perigos de uma gestão do PT, comparando o Brasil a uma possível Venezuela. No entanto, críticos apontam que sua própria administração apresenta semelhanças com o regime venezuelano, especialmente no que se refere ao voto impresso e à disseminação de informações falsas.


Tanto na Venezuela quanto no Brasil, observa-se uma influência nociva sobre as Forças Armadas. Enquanto o chavismo corrompeu os militares com benefícios salariais e negócios ilícitos, Bolsonaro atraiu as “suas Forças Armadas” com investimentos orçamentários e regalias previdenciárias, elevando os salários de seus generais favoritos acima do teto salarial do funcionalismo público. Essas ações resultaram em ganhos extras de mais de R$ 300 mil para alguns comandantes.


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