
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter ficado assustado com a crítica recorrente de Maduro ao sistema eleitoral brasileiro. Na segunda-feira (22), anunciou que Celso Amorim, seu assessor especial para assuntos internacionais, viajará à Venezuela para acompanhar de perto as eleições presidenciais, marcadas para domingo (28).
Às vésperas da eleição, Maduro usa um artifício comum aos governos autocráticos: tenta deslegitimar o processo eleitoral para justificar eventual derrota. O Brasil se familiarizou com essa metodologia nos últimos anos. Agora, tenta equilibrar as forças na América Latina para neutralizar o avanço da tendência ditatorial no continente.
Além da presença de Amorim na Venezuela, o TSE vai enviar dois servidores com perfil técnico para atuarem como observadores das eleições. A prática é comum na comunidade internacional. Nas eleições brasileiras, observadores de outros países estão sempre presentes e são bem recebidos pelas autoridades nacionais. A diferença é que na Venezuela eles não são bem-vindos.
A partir do que é observado, os técnicos produzem relatórios sobre a confiabilidade do processo eleitoral. Entre os organismos que costumam fazer isso, está a OEA (Organização dos Estados Americanos) e institutos que fiscalizam a transparência eleitoral na América Latina.
Caso haja indício de irregularidade, essas instituições não têm poder para deslegitimar as eleições do país. Mas a denúncia de eventual fraude repercute perante a comunidade internacional, o país é pressionado e corre o risco de ficar politicamente isolado.
A coluna procurou ministros do TSE para comentar a fala de Maduro, mas a ordem é uma só: neste momento, ficar em silêncio é a melhor decisão.
O presidente Lula da Silva tomou uma decisão importante em relação às eleições presidenciais na Venezuela. Preocupado com as críticas de Maduro ao sistema eleitoral brasileiro, Lula enviou seu assessor especial Celso Amorim para acompanhar de perto o pleito que acontecerá no próximo domingo.
Maduro, segundo Lula, está utilizando táticas comuns de governos autocráticos ao tentar deslegitimar o processo eleitoral antes mesmo de seu encerramento, como forma de justificar uma possível derrota. O Brasil, por sua vez, está atento a essas estratégias e busca equilibrar as forças na América Latina para combater o avanço de regimes ditatoriais na região.
Além da presença de Amorim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também enviará dois servidores técnicos como observadores do processo eleitoral na Venezuela. Essa prática é comum em nível internacional, porém, contrasta com a postura do governo venezuelano que não recebe bem observadores estrangeiros em suas eleições.
Os relatórios produzidos pelos observadores técnicos são cruciais para avaliar a confiabilidade do processo eleitoral. Organismos como a OEA e institutos de fiscalização da transparência eleitoral na América Latina costumam realizar esse tipo de monitoramento.
A denúncia de possíveis irregularidades durante o pleito eleitoral pode não resultar na deslegitimação das eleições, mas certamente terá repercussões perante a comunidade internacional, podendo isolar politicamente o país acusado. Até o momento, os representantes do TSE optaram por manter silêncio diante das críticas de Maduro.