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Presidente Lula defende que combate à fome é uma escolha política dos governantes durante lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso contundente nesta quarta-feira (24) sobre a importância do combate à fome como uma escolha política dos governantes. Segundo ele, a fome não é causada apenas por fatores externos, mas principalmente por decisões políticas. Lula ressaltou a abundância de alimentos no mundo atualmente e a necessidade de criar condições para que as pessoas tenham acesso a eles.

Durante o evento de pré-lançamento da força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, no Rio de Janeiro, o presidente destacou o aumento dos gastos com armamentos em comparação com os investimentos na erradicação da fome. Ele ressaltou a importância de inverter essa lógica não apenas por questões morais e de justiça social, mas também para garantir o desenvolvimento sustentável.

A iniciativa da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza visa obter apoio político, recursos financeiros e conhecimento técnico para implementar políticas eficazes de erradicação da fome e da pobreza no mundo. Experiências nacionais bem-sucedidas, como programas de transferência de renda, alimentação escolar e apoio à agricultura familiar, são citadas como exemplos a serem seguidos.

Lula enfatizou que a fome não é algo natural, mas uma situação que requer decisões políticas. Ele defendeu a necessidade de os dirigentes políticos do mundo todo se preocuparem com os mais pobres e oferecer oportunidades para todos. A presidência do Brasil no G20 tem sido fundamental para a proposta da aliança, que será oficializada na Cúpula de Líderes do G20 em novembro.

A iniciativa será gerida por um secretariado sediado na FAO, em Roma, e em Brasília, e funcionará até 2030, sendo metade de seus custos cobertos pelo Brasil. Outros organismos internacionais, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento e o Banco Africano de Desenvolvimento, também declararam apoio à aliança e anunciaram contribuições para combater a fome e a pobreza.

Lula ressaltou a importância da taxação dos super-ricos como uma das medidas para combater a desigualdade e fortalecer as políticas de segurança alimentar. Ele destacou que a fome atinge principalmente mulheres e crianças e que a discriminação étnica, racial e geográfica amplifica a pobreza e a fome em diversas comunidades.

O Brasil, que já havia saído do Mapa da Fome em 2014, voltou a constar nele em 2021, com 2,5 milhões de pessoas em insegurança alimentar severa. Lula se comprometeu a acabar com a fome no país novamente durante seu mandato. A presidência do Brasil no G20 tem sido essencial para promover a cooperação internacional e implementar políticas eficazes de combate à fome e à pobreza em todo o mundo.

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