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Greve no INSS continua e governo não avança em negociações com servidores; mais de 400 agências fechadas em 23 estados





Greve no INSS continua após reunião sem avanços

A reunião realizada nesta quarta-feira (24) entre o presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, e os servidores do órgão não resultou em avanços significativos, mantendo assim a continuidade da greve.

A diretora da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), Thaize Antunes, esperava a instalação de uma mesa de negociações, porém, isso não aconteceu.

A greve teve início em 10 de julho, acirrando-se a partir do dia 16 e já tem afetado consideravelmente os atendimentos presenciais e a análise de requerimentos.

Os grevistas reivindicam o cumprimento de acordos anteriores e melhorias salariais. Entre as principais demandas, está o pedido de um reajuste salarial de 33% até 2026 e a valorização da carreira de técnico do seguro social.

Segundo comunicado da federação, a greve foi deflagrada devido à recusa do governo em cumprir as negociações estabelecidas com o Ministério da Gestão e Inovação e pela falta de diálogo sobre as solicitações apresentadas pelas entidades representativas.

Mais de 400 agências do INSS em 23 estados e no Distrito Federal estão fechadas ou operando de forma parcial, conforme informações da Fenasps.

A paralisação tem impactado diretamente o público, prejudicando a análise e concessão de benefícios como aposentadorias, pensões e BPC (Benefício de Prestação Continuada), além dos atendimentos presenciais.

Com quase 19 mil servidores em todo o país, o INSS conta com 15 mil técnicos e 4.000 analistas, sendo responsáveis por quase todos os serviços do órgão. A falta de pessoal é apontada como um dos motivos para a greve.

O governo, ao perceber o crescimento do movimento nos últimos dias, decidiu adotar uma postura mais rígida nas negociações, visando evitar impactos nas ações de revisão de gastos. Diante disso, acionou a Justiça para solicitar a suspensão da greve dos servidores do INSS.

A redução de custos é considerada essencial para o fechamento das contas do Orçamento nos próximos anos, o que torna a situação ainda mais delicada diante da continuidade do movimento grevista.


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