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Flexibilidade no Crédito Rural no Rio Grande do Sul: Produtores com Embargo Ambiental têm Regras Flexibilizadas Pelo CMN

A partir do dia 30 de agosto até 31 de dezembro, os produtores rurais do Rio Grande do Sul que estão enfrentando embargo ambiental terão um alívio temporário em relação ao acesso ao crédito. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma regra transitória que visa mitigar os impactos sociais, ambientais e climáticos nas operações de crédito rural no estado, especialmente após as recentes enchentes que afetaram a região.

De acordo com a resolução do CMN publicada no dia 24 de agosto, no caso de assentamentos de reforma agrária e de áreas ocupadas por povos e comunidades tradicionais, o crédito rural será proibido somente nas áreas que estão sob embargo ambiental e para o agente responsável por essa situação. Isso inclui embargos de qualquer órgão ambiental competente, seja federal ou estadual, em decorrência do uso econômico de áreas desmatadas ilegalmente e registradas no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Além disso, o CMN autorizou a flexibilização das regras para os produtores rurais tradicionais. Agora, as verificações de sobreposição de área para os empreendimentos considerarão apenas o perímetro dos projetos, ao invés da totalidade da superfície do imóvel rural. É necessário que a área do empreendimento coincida, ao menos parcialmente, com a área cadastrada no Cadastro Ambiental Rural (CAR) correspondente.

Em nota, o Ministério da Fazenda informou que a infraestrutura urbana de várias cidades no Rio Grande do Sul foi comprometida devido às enchentes, o que causou instabilidade no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (Sicar) do estado. A sede da empresa responsável pelo processamento de dados do estado, gestora do CAR, foi alagada, o que impactou a migração para a versão federal do Sicar, dificultando a correção de problemas nos registros de propriedades rurais e, por consequência, o acesso ao crédito rural para muitos produtores gaúchos.

Com essas medidas transitórias, o CMN busca proporcionar um suporte adicional aos produtores rurais do Rio Grande do Sul que enfrentam embargo ambiental, garantindo um cenário mais favorável para o acesso ao crédito e para a regularização de suas atividades. É um passo importante para amenizar as consequências das adversidades climáticas e ambientais que têm impactado a região nos últimos meses.

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