Os uniformes que a delegação brasileira usará na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris causaram polêmica desde o seu lançamento. O estilista mineiro Ronaldo Fraga, ao ver as peças pela primeira vez, expressou surpresa e questionou se “foi o estilista da Damares que criou isso”, em referência à ex-ministra Damares Alves.
Produzidas pela Riachuelo, as vestimentas foram duramente criticadas por Fraga, que as descreveu como “horrorosas”. Para o estilista, os uniformes refletem um Brasil em um momento conservador e careta, onde a alegria e a liberdade estão sendo reprimidas.
O bordado de onças, araras e tucanos nas costas das jaquetas jeans foi considerado superficial por Fraga, que acredita que a polêmica serve para gerar discussões sobre o cenário da moda brasileira e para inspirar uma nova geração de estilistas.
O designer Airon Martin, da Misci, também criticou os uniformes, afirmando que eles reforçam uma imagem caricata do Brasil como exportador de commodities, ignorando o potencial criativo e inovador do país na moda.
Apesar das críticas, Martin reconheceu a importância da escolha da Riachuelo como fabricante dos uniformes, destacando o papel da marca na geração de empregos no Brasil. No entanto, ele apontou um erro estratégico da empresa ao não buscar parcerias com marcas de luxo para o desenvolvimento das peças.
A Riachuelo afirmou estar aberta a feedback dos consumidores e ressaltou seu apoio aos atletas. Por outro lado, o Comitê Olímpico Brasileiro defendeu os uniformes, priorizando a praticidade e o foco nos Jogos Olímpicos em detrimento das críticas estilísticas.
Música
A cantora Alice Caymmi lançará a versão deluxe do álbum “Rainha dos Raios, a Fúria” em agosto, acompanhando de uma temporada de shows em São Paulo, dirigida por Paulo Borges.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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