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Ciclo da borracha e o povo Mashco Piro
Na década de 1880, a comunidade Mashco Piro teve seu território invadido por trabalhadores envolvidos na extração de látex. Procurando nascentes de rios para se instalarem e se manterem isolados, os Mashco Piro adentraram pela floresta nesse período.

Atualmente, os descendentes dos Mashco Piro continuam vivendo isolados, porém enfrentam a invasão de suas terras mais uma vez. A região amazônica de Madre de Dios se tornou o epicentro da mineração ilegal, com o desmatamento triplicando de 5 mil hectares em 2001 para 17 mil em 2016.
O desmatamento na região está se aproximando das áreas reservadas, impactando diretamente os Mashco Piro, que agora saem da selva em busca de alimentos e utensílios.
Aldeões, pregadores cristãos e turistas têm interagido com a comunidade Mashco Piro, muitas vezes fornecendo roupas e comida. No entanto, o Peru proíbe o contato com os Mashco Piro e outras comunidades “não contatadas”, devido à pouca resistência de seus sistemas imunológicos a doenças comuns.