Brasil propõe taxação de super-ricos para financiar iniciativas globais contra a fome e a pobreza, afirma ministro da Fazenda

O ministro destacou a importância de combater a evasão fiscal dos mais ricos, que torna os sistemas tributários regressivos em vez de progressivos, resultando em desigualdade e falta de recursos para programas de combate à fome e à pobreza. Um estudo realizado pelo economista francês Gabriel Zucman, a pedido do Brasil, estima que a taxação de bilionários em 2% de suas fortunas poderia gerar até US$ 250 bilhões por ano, um montante significativo para financiar iniciativas sociais.
A Aliança Global visa mobilizar recursos internacionais para garantir condições dignas de vida a todos os habitantes do planeta, buscando inovações nos instrumentos de financiamento para o desenvolvimento. O ministro Haddad ressaltou a importância da parceria com bancos multilaterais, como o Banco Mundial, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), além do Fundo Monetário Internacional (FMI), para canalizar recursos e facilitar o acesso a financiamentos.
Durante o evento de pré-lançamento da Aliança Global, o presidente do BID, Ilan Goldfajn, comprometeu-se a erradicar a pobreza extrema na América Latina até 2030, enquanto o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, afirmou que o banco será um parceiro líder na iniciativa e se esforçará para alcançar meio bilhão de pessoas com ações de financiamento até 2030.
A proposta da Aliança Global recebeu endosso dos países membros do G20 durante a reunião, com a perspectiva de alterar a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. A iniciativa ainda está em fase de formalização dos termos e espera-se a adesão de outros países interessados. O lançamento final da Aliança Global está previsto para a reunião de cúpula do G20, em novembro, no Rio de Janeiro, com a expectativa de mudar significativamente os esforços de combate à fome e à pobreza em escala global.
Por fim, a proposta da Aliança Global foi recebida com entusiasmo pela comunidade internacional, representando um passo importante na busca por soluções inovadoras e eficazes para enfrentar os desafios da fome e da pobreza no mundo. Este compromisso demonstra a determinação dos países em promover uma mudança significativa na forma como os recursos são mobilizados e distribuídos para garantir um futuro mais justo e equitativo para todos.